SYLPHIDES 3.1 

Sylphides 3.1 é uma peça de dança 3D criada a partir da mistura e do hibridismo da dança com a animação e a simulação 3D.

A numeração do título refere-se à Web 3.0. Contudo, não se trata apenas de uma forma de organização. O número tem a ver, sobretudo, com estar na Web 3.0, nela se movimentar e criar danças. Como dançar na Web 3.0? Como reprocessar a revolução eclodida pela relação entre a dança e a simulação 3D? Como começar numa nova linguagem? Como recomeçar? 

Voltar ao início. Genesis: o início de uma história. Uma volta ao passado para olhar o futuro.

O nome da peça é uma citação direta à mitologia germânica, e especialmente à obras de grande importância na história da dança: “La Sylphide” (1832) e “Les Sylphides” (1909). Esses trabalhos são utilizados como ponto de partida para provocar as relações e as semelhanças entre o clássico e o contemporâneo, e para refletir sobre o que ainda está por vir no futuro da Arte, em geral, e da Dança, em específico. Novos corpos, novas danças?

Os elementos estéticos e artísticos explorados nas sílfides dos séculos anteriores por meio de figuras femininas aeradas com danças revolucionárias e abstratas sobre as pontas dos pés são agora retrabalhados a partir dos novos protocolos, dos novos códigos e dos novos paradigmas provocados pela Web 3.0, pela ficção científica e pelo biofuturismo. Outros corpos, outras danças.

A figura da sílfide feminina, romântica, gênia do ar, vaporosa, enigmática e super-humana dá lugar a figuras andróginas, nem masculinas nem femininas, descentralizadas, de física simulada, de partes moles, de coreografias procedurais, de movimentos desarticulados, de articulações hiperflexívies. Hiper-humanos. Diversos corpos. Diversas danças.

Sylphides 3.1 apresenta 200 sílfides em forma embriológica. Diversos elementos da linguagem da dança, como a valsa, a roda, o giro, o ponto de apoio e de controle, a mobilidade das articulações e relação com a gravidade foram submetidos à lógica da animação e da simulação 3D, como corpos moles, corpos plásticos, expansão de contração de campos de força, vento, fluídos, baixa gravidade e superfícies impulsivas. Tem-se, assim, um corpo de baile coletivo, de pulsação única, mas com focos e desmembramentos particulares, explorando a relação de elementos do ballet clássico com as danças moderna e contemporânea. A obra é embalada por uma gravação histórica original, publicada em 1916,  de “Les Sylphides”, dos Ballets Russes de Serguei Diaghilev.

Sylphides 3.1 já foi apresentado nos seguintes eventos, projetos e programações: moveMINT NYC: The Experience; NFT São Paulo; Origen Festival de Videodança; Festival Movimentale de Audiovisual; International Meeting on Video-dance and Video-performance; Dance & Performance Arts Gallery by Misja NederDans; Naw Talks Neosutras Metaverse; Sardinia Film Festival; Cuerpo Mediado Festival de Videodanza; Festival Internacional de Videodança do RS; Eku’e Mostra Internacional de Videodanza de Asunción; Serbest International Film Festival; LATAM ART no Open Metaverse; Imajitari – International Dance Film Festival; International Screendance Festival of Chile; Festival Dança em Foco; Festivalito Rodante Internacional de Coreocinema; International NFT Competition; Context.Film Festival; Bienal de Arte Digital; FILE Festival.

DIEGO MAC

Artista. Diretor de dança. Coreógrafo. Dançarino. Artista de vídeo. Artista 3D. Produtor e gestor cultural. Doutorando em Artes Cênicas. Atualmente, dedica-se à criação artística baseada na mistura da linguagem da dança com técnicas de animação e simulação 3D, blockchains, metaversos e NFTs. Foi selecionado para expor seu trabalho no evento NFT.NYC, recebeu o Prêmio Açorianos de Dança 2022 como Personalidade do Ano por seu trabalho inovador em dança 3D e recebeu o Prêmio Trajetórias Culturais pelo desenvolvimento de seu trabalho artístico.

Atua há 25 anos na área cultural e de entretenimento em projetos artísticos que transitam entre dança, cultura popular, imagem, tecnologia, criatividade, gestão e empreendedorismo. Diretor da Macarenando Dance Concept. Diretor artístico da Muovere Cia de Dança. Graduado em Dança. Mestre e especialista em Poéticas Visuais. Iniciou a carreira profissional em 1997, tendo atuado em mais de 300 projetos culturais. Seu trabalho é reconhecido no cenário nacional e internacional, com mais de 20 prêmios recebidos.